quarta-feira, 15 de junho de 2011

O fim do 8º semestre...

Ontem, após entregar meu TCC nas mãos do meu orientador, Welton Trindade, eu entrei no sanitário da Uninove, sentei...e tive uma crise de choro! De alívio, de alegria, de sensação de missão cumprida...ah, eu senti muitas coisas ao mesmo tempo. Não sei nem explicar...

Mas me lembrei de taaanta coisa, passou um filme na minha cabeça...

Lembrei de quando entrei na faculdade, a felicidade que foi quando me inscrevi no vestibular com o sentimento de ter conquistado uma vitória inédita. Primeiro, nenhum dos meus irmãos, nem ninguém da minha casa, havia feito ou entrado numa Universidade. Segundo, eu não entrei antes – assim que saí do ensino médio – por não ter como pagar, então eu tinha como pagar uma mensalidade, isso era maravilhoso! E foi aquele aperto de todo universitário ferrado...com dinheiro contado pra pagar a facul, normal!

Lembrei dos momentos mais difíceis: parei de estudar duas vezes, por estar desempregada e não ter de onde tirar dinheiro pra pagar, o que me fez ficar 1 ano e meio longe da faculdade. Cheguei a pensar em desistir, nem queria mais ser jornalista, achei que não teria mais condições de continuar...

Lembrei de todas as vezes que passei vontade...vontade de comer um lanche do Mc, de comprar uma roupa, um sapato, de sair, de viajar, de beber, de fazer as unhas na manicure, de ir no cabeleireiro, de dormir, de fumar, de dar um presente pra alguém especial que fazia aniversário, nossa, foram muitas vontades, muitas mesmo! E eu tive de passar, porque ou eu fazia o que eu tinha vontade ou eu pagava a faculdade. E eu optava pela faculdade...ou seja, fiquei todos esses anos, sem fazer muitas coisas. Mas minha mãe me confortava, dizendo que quando acabasse, eu ia poder fazer tudo e mais um pouco!

Lembrei das crises de choro que eu tinha por não aguentar mais dormir poucas horas por noite (tipo 4 ou 5), porque eu saía super cedo, voltava super tarde e não tinha jeito. Eu surtava, meu corpo pedia arrego! E minha mãe, como sempre, me dava forças e dizia que no final, ia valer à pena!

Lembrei das pessoas especiais que conheci na faculdade e das amizades que eu trago até hoje. Se não fosse pelo curso, eu não conheceria nenhuma delas!

Não dá pra resumir num texto a dor e a delícia de entrar e concluir um curso universitário!

Mas lembrei, principalmente das pessoas que me apoiaram, me ajudaram e me aguentaram durante essa jornada.

Não dá pra dar nomes, pois talvez eu seja injusta com alguém. Mas quem é, sabe!

E eu amo e sou muito grata às pessoas que me mantiveram em pé. Sem elas, eu não teria conseguido. Ninguém faz NADA sozinho na vida e eu sou uma mulher de sorte, por ter encontrado todos que encontrei pelo caminho. Inclusive, os que me atrapalharam...pois sem estes, eu não amadureceria e não criaria forças pra chegar até o fim!
Obrigada a quem de alguma maneira fez parte dessa jornada e faz parte da minha vida.

Concluir uma faculdade, é uma sensação inenarrável! Posso dizer apenas, que estou muito feliz e aliviada.

Ah, e minha mãe estava certa. Tudo valeu à pena, de verdade!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Nem mesmo a força do tempo irá destruir"

Amigos realmente são os familiares que nós escolhemos para a nossa vida.
É aquela relação super especial e ao mesmo tempo tão misteriosa, que ninguém consegue explicar porque tanto amor por uma pessoa que nem mora com você, nem é da sua família e em alguns casos nem cresceu ao seu lado. Mas que ao longo da vida você encontrou por algum motivo específico do destino - porque eu acredito que nada acontece por acaso - e deste encontro surgiu uma sintonia gostosa e inexplicável. E com o tempo surgem as afinidades, que quando superam as diferenças, é que se tem uma relação completa, tendo ela dissabores ou não.

Acredito que amigo de verdade não é o que está do seu lado com frequência, que te liga 10 vezes por dia, que sai com você todos os finais de semana. O verdadeiro amigo está ao seu lado quando você mais precisa dele, te ouve quando precisa desabafar, briga contigo quando faz uma cagada DAQUELAS e sem pestanejar te dá um choque de realidade em vez de botar um par de asas em seus pés pra você continuar flutuando e fazendo ainda mais besteiras; é aquele que te elogia por um gesto que pra você foi tão simples e pra ele é super especial, já que é vindo de você. Um amigo bacana te liga no meio da madrugada só pra te contar um "bafão", é o primeiro a te dar parabéns à meia noite no seu aniversário, te defende quando não está por perto, te dá colo quando leva um belo par de chifre, mas é o primeiro a te ajudar na elaboração da vingança (risos). De uma vez por todas, amigo não é aquele que separa uma briga e sim o que chega logo dando voadora!! rsrsrs

Acho que o estágio mais bacana e maduro de uma amizade é quando ambas as partes aprendem a respeitar a limitação e os defeitos de cada um. Pois tem coisas que mudam, outras que nunca vão mudar, mas não dá pra deixar de amar seu amigo por causa disso. É importante sempre lembrar que nem todos têm a capacidade que você tem pra amar, pra perdoar e até mesmo pra ser leal. As pessoas são diferentes e ninguém é obrigado a ser do jeito que você gostaria que fosse. E saber conviver com essa condição é tão maravilhoso. Porque aí não tem divórcio numa amizade, apenas divergências de opinião e quando há respeito, acima de tudo, a coisa flui que é uma maravilha.

E eu vim aqui hoje pra falar sobre amizade devido a um episódio que aconteceu comigo ontem, difícil, porém especial. Uma amiga passando por um momento delicado me mandou mensagem sms no celular, e do lado de cá do telefone senti a mesma dor, a mesma angústia, o mesmo aperto no coração e mesmo assim encontrei forças pra ajudá-la com as palavras embora doces, fortes que tinha pra dizer.

Eu me sinto feliz, grata e abençoada por Deus por ser cercada de pessoas especiais. Sejam elas malucas, imaturas, mais velhas, recatadas, piriguetes, intelectuais, mãezonas, baladeiras, juvenis, inconsequentes, chatas, mas acima de tudo importantíssimas pra mim!
Afinal, eu também tenho uma porrada de defeitos e elas me aturam mesmo assim.

O carinho, o amor, a cumplicidade, a afinidade que se cria ao longo de uma amizade não tem dinheiro no mundo que pague!

Quem tem amigos de verdade, preserve, pois eles valem muito!!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Carnaval...samba...é de comer?

Lamento não ter escrito esse texto antes, mas foi pura falta de tempo!

Na última segunda-feira, 21, foi ao ar, na TV Cultura, como de praxe o programa Roda Viva. Ao centro da roda estava Paulo Barros, carnavalesco da escola de samba carioca Unidos da Tijuca. Até aí, normal. Afinal, Barros é um fenômeno recente no carnaval do Rio de Janeiro, campeão de 2010 e vice deste ano, é conhecido por levar para Marquês de Sapucaí pelo menos nos últimos seis anos, um espetáculo cheio de inovações, surpresas e muitos truques que iludem e encantam quem assiste. Motivo suficiente para estar num programa como o Roda Viva, ponto.


Como entrevistadores estavam Paulo Moreira Leite, Augusto Nunes, Álvaro Leme, Ana Ribeiro e a apresentadora Marília Gabriela. Além do cartunista Paulo Caruso. Ótimo, o programa estava prontinho! Certo? Errado...
Eu sempre bato na tecla do descaso e displicência que existe por parte dos meios de comunicação em relação ao carnaval, ao samba, ao sambista e todos os envolvidos nessa manifestação popular e extremamente significativa para a economia local de onde cada uma acontece.
E claro, no Roda Viva não foi diferente!

Os entrevistadores podem ser ótimos jornalistas e articulistas pra falar da política do país, mas pra falar de carnaval...meu Deus que lástima! A apresentadora então, tava mais perdida que cachorro quando cai do caminhão de mudança. Cada pergunta absurda, óbvia e redundante pra quem entende do assunto, que eu fiquei passada, cozida e gratinada de tanta irritação!


Aí vem alguém e me diz: mas eles estão aí pra perguntar como leigos Mariana...
Na-na-ni-na-não! Pois quando o convidado é do meio político, só tem especialista no assunto participando da conversa, fazendo perguntas pertinentes, propondo debates, levantando polêmicas, cheios de razão e conhecimento de causa. Não me venha com essa! O mínimo seria a apresentadora pesquisar um pouco mais, se interar do assunto, fazer um laboratoriozinho – igual os atores globais fazem antes da novela, sabe? – de 2 dias que fosse, pra não falar tanta bobagem. E a produção do programa que tratasse de convidar como entrevistador alguém que entendesse melhor do assunto, mais familiarizado e que falasse com propriedade sobre o tema. Mesmo que surgissem dúvidas - sem elas não há como indagar nada - mas minimamente coerentes.

Quando a apresentadora disse que não imaginava que o jurado recebia um book pra ser previamente orientado do que viria na avenida a cada escola de samba, eu quase caí pra trás! E Paulo Moreira Leite perguntando se os sambistas não enjoavam de ouvir durante pouco mais de uma hora o mesmo samba, me deu princípio de desmaio!


Desastres à parte, o cartunista Paulo Caruso foi o melhor em cena. Fez ilustrações ótimas e muito engraçadas conforme Paulo Barros ia respondendo às perguntas de pré-primário da mesa. Ana Ribeiro também me chamou atenção por quase não abrir a boca, mas uma das poucas vezes que falou, foi muito feliz em seu comentário. Encerrou dizendo ao convidado: “Bom, se você não conseguiu ganhar o carnaval da Beija-Flor porque eles falaram do Roberto Carlos, ano que vem faz um enredo sobre Deus, quem sabe dá certo?!”
Aí sim, eu caí na gargalhada!!! Porque esse campeonato da Beija-Flor foi uma palhaçada, convenhamos!

Pronto, desabafei gente! Um dia eu volto...rs

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nem vem que não tem

Sabem qual é a pior junção do mundo?? Inveja e falta do que fazer!

Inveja é aquilo que uma pessoa tem por incapacidade de ter ou ser aquilo que gostaria e observa e idealiza isso em outra pessoa. E a pior espécie de invejoso, é aquela que vem com a falsidade junto. Não que inveja seja bom, mas se for declarada, é mais digno e vc tem como se defender e se afastar. Quando vem camuflada num rostinho bonito, adicionada de um sorriso amarelo, somada com tapinhas nas costas é veneno, na certa!

Falta do que fazer é mais grave ainda! Porque além do ser não ter o que fazer na vida, não quer saber de ter, não quer progredir, não busca melhora pra si mesmo e produz durante o seu tempo ocioso, coisas inúteis, maldosas, fúteis, que certamente vão atingir alguém ocupado, de bem e na maioria das vezes, inocente.

Aí junta um com o outro...fudeu! Porque é a incapacidade de ter ou ser alguém, com a incapacidade de produzir qualquer coisa útil. E uma pessoa duplamente incapaz, é de doer. Um ser humano dessa qualidade certamente é um espírito sem luz, que vaga por aí e veio ao mundo com a simples tarefa de atazanar a vida alheia. O que fazer?

Ignorar, se afastar, eliminar tudo que pode haver indício semelhante a esse de sua vida, de sua alegria, de seus planos...Ter a fé e a crença de que o Universo registra tudo! E não é você ou eu, com braveza e espírito de justiça que vai ensinar algo a essa pessoa. Quem ensina é a vida! E o importante é não se desgastar, não desperdiçar energia e não deixar essa zica te dominar. Um mal pensamento, um mal olhar, uma mal falar...é fazer mal a si mesmo, e isso volta depois...é a teoria do espelho que já escrevi outra vez no meu blog. É só confiar e pé na tábua! Pra frente é que se anda...e como eu costumo dizer: O CACHORRO MORTO NINGUÉM CHUTA!!!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Amar o perfeito é muito fácil

Quem é que não quer um homem lindo, rico, solteiro, jovem, carinhoso, sem filhos, fiel, com pegada, inteligente, bom filho, sem vícios, sem ser muito caseiro, nem muito baladeiro e ainda por cima, apaixonado por vc??????

Quem é que não gostaria de ter uma amiga disponível 24 horas por dia, que te ouve, te ajuda, tá sempre ali quando vc liga, simpática, solícita, sem mau humor, nem TPM, nem pra te dar aqueeeela lição de moral na hora que vc queria apenas um abraço??????

Quem não sonha com uma mãe liberal, rica, que deixa o namorado dormir em casa, empresta o carro (ou melhor, te dá logo um zero quando vc faz 18 anos), companheira, esclarecida, generosa, presente, justa, te faz aprender o valor das coisas, mas te dá tuuuudo que vc pede e ainda quando vc casa, fica com seus filhos pra vc viajar com o maridão?????

Quem é o idiota que não gosta disso?!

Mas se fosse tudo assim, um comercial de margarina, os valores seriam invertidos...se é que haveria valor e princípio pra alguma coisa!
Pois a gente só aprende a valorizar quando não tem, quando luta muuuito pra ter ou quando simplesmente perde...infelizmente (ou felizmente) a psicologia reversa impera na vida do ser humano.

Acontece que gente de verdade, dotada de pele, carne, ossos e sentimentos...não tem nada de perfeito. Pelo contrário, o equipamento vem com cada defeitinho que dá vontade de ir na loja, pedir pra trocar e se tiver na garantia então, sem custo nenhum! Mas que loja? Que fabricante? Que equipamento? Viver não é como comprar um liquidificador. Se der defeito, troca e se não tiver jeito? Compra outro. Nada dissooo! Como vc vai trocar de mãe, de amiga, de marido??? Se não respeitar o limite de cada um, aprender a conviver com os defeitos, super dimensionar as qualidades...como é que vai fazer??? Viver só, numa bolha? Claro que quando as diferenças superam as afinidades e a relação vira uma filhadaputisse em vez de erros passíveis de um ser humano normal, aí manda se lascar né? Mas caso contrário, é isso aí!

Tem dia que eu tenho vontade de fazer a mala da minha mãe e manda-la dar uma voltinha em Budapeste! Mas ela é a mulher que eu mais amo nesse mundo, a pessoa que me fez ser o que sou, meu exemplo, meu porto seguro...então tem coisa, que passaaaaa!

E sem contar que com sabedoria, paciência e firmeza a gente aprende e ensina muita coisa. Estamos em constante evolução. Sendo assim, as pessoas mudam, nós mudamos, melhoramos, amadurecemos e de repente daqui um tempo, aquilo que te irritava taaanto na sua amiga, nem exista mais!
São nas horas de dificuldade é que enxergamos e demonstramos o verdadeiro amor.

Afinal, todo mundo gosta de brigadeiro. Quero ver comer jiló!